Court verset
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amorefolhassecas
on domingo, 9 de dezembro de 2012
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Porque poesia não é apenas ler
é sentir, consentir.
É viver.
Viver o não vivido
Viver o impossível
Perder o que não se perde
Ganhar o que não se ganha.
Tão seu
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amorefolhassecas
on sábado, 17 de novembro de 2012
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Você diz que a vida levou os castelos que você construiu
Você diz que nossos sonhos já não valem mais nada
Que a vida poderia parar em qualquer segundo.
Você diz que não há mais ninguém perfeito para amar
Que sirva para completar.
Mas esquece que primeiro tem que se encontrar para depois encontrar alguém.
Você diz que eu já não sirvo mais
Que tudo passou e agora não mais...
Mas eu não esqueci das noites de frio
De quando você se sentia tão vazio
E eu estava lá...
Mas eu não esqueci dos momentos, abraços e beijos
Tampouco as vezes em que deixaste os cabelos ao vento
Para em que ao menos por um segundo eu tivesse a sensação
De que jamais iria te perder.
L'amoureuse
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amorefolhassecas
on domingo, 21 de outubro de 2012
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Viu-se o relento anterior apenas na memória.
Somente alguns meses se passaram, mas as lembranças parecem ser vindas de outra vida.
Inexplicável o mar de sentimentos que inundou meu coração em tão pouco tempo.
Banhando o universo dos meus pensamentos, lá está você.
E melhor ainda é não permanecer apenas nos pensamentos, mas na vida que eu tenho, na vida que queremos viver.
Um toque com um sorriso bonito
Com os olhos repletos de amor, repleto de palavras
Palavras que não precisam ser ditas
São vistas
Sentidas
Retribuídas.
Vontades
Desejos
Saudade
Amor demais para apenas um abraço.
Seus verdes olhos tem me conquistado
E eu não quero sair de onde me sinto quando estou com você.
Quando não existiam mais palavras para definir a amplitude dos sentimentos que haviam nascido
Elas vieram.... As únicas capazes de definir...
Eu te amo!
*São apenas palavras. O que eu sinto é muito maior do que essas simples palavras podem dizer*
Moi et toi
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amorefolhassecas
on segunda-feira, 15 de outubro de 2012
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Intensidade
talvez
O mundo intensificou suas cores
planando num mar jazido em cinza, já me vejo envolta por azul
hora verde
assim como os olhos perdidos de alguém que está aprendendo amar.
Já não sinto mais o frio, outrora tão companheiro
muros quentes agora me envolvem
cobrem meu corpo como uma chama que arde e não apaga.
Pobres palavras, tão pequenas e incapazes de definir a verdadeira
poesia que hoje soa em mim.
Soa agora de um coração o juramento de alguém que acreditava que
a utopia não poderia ser efêmera, mas companheira eterna.
Se o brilho de um cristal surge em meio ao oceano azul dos meus olhos
sabe-se que o mar que se forma agora tem nome, não por tristeza
mas por agora, finalmente, se sentir inteira.
Escorregou
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amorefolhassecas
on domingo, 5 de agosto de 2012
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Não é esperado
Você só acelera
Cada vez mais
E o choque é estrondoso.
Quando pensas que não há mais
Nenhuma lágrima
Elas surgem
E consomem.
O ar sumiu
Mas eu aprendi a viver sem ar
Não me importo
É como 6h34.
Não sei disfarçar
Sou fingidor
Infringidor
Estremecedor
Estrondador
Caçador de dor.
Não sei mais falar de amor
Só chego na beira
No limite
O precipício some.
Não há como se jogar.
6h34 ~ Visconde. Linha 13-14
Une lettre pour vous
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amorefolhassecas
on sexta-feira, 27 de julho de 2012
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De fato sabes que escrevo a ti somente por formalidade, não me entretê ter sua face em mente enquanto apenas gasto dessa tinta.
É bem verdade que tenho estado sozinha, não nego os boatos que circulam pelo chateau, mas muito mais verdade é que me sinto bem comigo e só, com essa vista dos deuses e com o reflexo desse azul infinito esbaldando-se por entre meu quarto.
Minhas manhãs tem sido banhadas de sol e o perfume das flores penetram minhas narinas a cada passo que eu dou.
A baixa atmosfera as vezes me deixa tonta, e quando eu me canso, subo nas colinas para poder me encontrar com o vento.
Quando as nuvens se desfazem e pesam sinto cada toque em meu corpo sem com que eu precise me esconder.
Livre por esses montes me sinto feliz por estar longe dessa hierarquia do sentir. Estas disputas me exaustam. Femme e male me cansam.
Que proza insignificante! Nada nunca te provarei. Sei que és irrigado por um ego desigual e minhas palavras soam tolas e murchas quando te encontram.
Sei que pensas que eu tenho estado enebriada. De fato estou, mas tudo que eu sinto por ti é pena.
Irei agora promover meu contento, e quando lerdes esta carta já estarei ainda mais longe enquanto tu desfaz-se em lágrimas.
Como entender um poeta...
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amorefolhassecas
on quarta-feira, 18 de julho de 2012
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De tantas formas existentes para entender um poeta, não há como entendê-lo.
Ele aparece, some, inventa, cria, apega, ilude, faz-se apaixonar, faz-se sofrer, vai embora e depois volta.
Quem é que entende o vazio causado por um poeta depois que ele se vai?
A dor dele é maior, pois ele não pode ficar. Não pode ir além do papel.
Por tanto sentir, precisa sair, experimentar o novo e deliciar-se ou acabar-se no meio de si próprio.
Não é fácil afastar o grafite do papel, isso significa parar de sonhar, parar de viver, isso significa acordar.
Não se assuste se nada fizer sentido, o que importa são somente as palavras.
Não ligue se não entendê-las, o poeta sabe o que cada uma delas são, só não sabe como organizá-las.
Para entender um poeta, mergulhe em suas letras, se deixe bagunçar, espalhe-se...
Você vai sentir cada toque das frases, mas ainda assim não vai entender o poeta.
Cada poesia tem sua hora
Agora não tem valor, outra hora se demora
Como se fosse inevitável não sentir.
Entre tantas formas de não entender um poeta escolha entendê-lo, deixando-o só.
Emptiness
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amorefolhassecas
on domingo, 15 de julho de 2012
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Ao som do piano eu compreendo
Revivo, revigoro, sinto
Ao soar das notas eu me movo
Me dirijo, ando, fecho os olhos.
Te encontro, pois a sua voz é a minha canção
É a corda que me puxa para a vida
A palavra que faz o mundo ter sentido.
Ao som do piano eu sinto o ar
Porque ele só me diz você
Porque me completa
Porque me tira o vazio.
Deixo-te ir, pois o amor não prende
Liberta
Crio asas para acompanhar.
Ao som do meu piano tu danças
E ao teu ritmo crio nossos passos
Ao som da tua voz traçamos nosso caminho
Abrimos as portas do nosso interior e simplesmente sentimos.
Oh, poet!
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amorefolhassecas
on domingo, 1 de julho de 2012
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Todo poeta foi feito para decepcionar.
Nenhum poeta é capaz de amar além do papel.
É por isso que se escreve, porque se ama.
Se apenas amasse, não se escreveria.
Nenhum poeta é capaz de viver tudo o que escreve
Nada supera as tão simples espectativas.
E é por isso que se escreve
Para sentir o que não se pode sentir.
Todo poeta vive sozinho
Não completamente, mas mentalmente só
Se fosse rodeado e completo
Não haveria motivo para escrever.
Se está cheio, faz-se esvaziar
Se está vazio, faz-se encher
É a mágica de poder escrever
Criar, vivenciar, aprender e deixar ir.
Se o mundo fosse perfeito, não existiriam os poetas.
Just a verse
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amorefolhassecas
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Eu sempre fui poeta.
Talvez não com as palavras, mas com o sentir.
E o que importa para o mundo ser sensível de mais, incompreensível demais, triste ou bonito demais?
Não faz diferença.
O que move são os sentimentos.
Não vou forçar palavra alguma.
O que tiver de vir, virá.
Whatever
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amorefolhassecas
on sábado, 30 de junho de 2012
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Eu prometi que não iria.
Mas nem eu posso confiar em mim... Então tanto faz.
Depois de tanto tempo eu descubro que nunca soube onde minha mente esteve.
Quem eu era? Hoje eu não sei mais como pude criar um mundo tão diferente do que eu vivia e conseguir me transportar para lá, sem malas, sem nada. Mas era um ''nada'' que me sustentava tão bem que eu nunca senti falta do ''tudo'' que eu tinha.
Eu encontrei amor e esperança num plano tão inalcançável, que nem eu mesma sei onde ele fica hoje.
Tudo que me restou foram memórias que eu me esforço para revivê-las de novo. Mas não há mais chão.
E me pergunto: - por que eu quero tanto revivê-las? São memórias de um nada, memórias de palavras simples transformadas em um universo perfeito, sendo que nada nunca fez sentido.
Faz mais de um ano, e eu prometi que não... Jurei que nunca mais.
Mas ao mesmo tempo que tudo está tão claro agora, escurece parte de mim e se esconde por entre as minhas sombras.
Eu fui forte todo esse tempo. Mas eu não quero mais ser forte. Quero ser dura.
Quero ser dura para poder chutar forte, poder mover meu mundo devastado, poder saltar de novo LIVREMENTE. Sem peso, sem pensamentos, sem sentimento.
Não era isso que eu queria para hoje, eu fiz algo muito lindo -pelo menos para mim-.
Mas tá tão forte e tão incompreensível que eu desisto de tentar entender e me rendo ao mar e sua calmaria.
E é nessa hora que você vê que o melhor que se faz é dormir.
"Vê se não fica assustado quando eu digo...
Eu nunca fui daqueles que fazem sentido."
Floating
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amorefolhassecas
on quinta-feira, 28 de junho de 2012
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Debrucei-me sobre a popa
Enauseada sobre a maresia
Sacolejando lentamente
Olhos fechados para esquecer
Esquecendo só para lembrar
Deixei meus braços caírem
Meu peso logo desceu até os dedos
De rosto colado no chão
Sentia o gosto do vazio
Haviam me esquecido em algum lugar
Ou talvez lançaram-me à alguma distância
Impossível de se ver a terra
Água tão azul
Enauseada pelo sacolejamento
Me traz mais um drink?
Me ofereceram uma dose de amor...
Não, muito obrigada!
Drank poison
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amorefolhassecas
on domingo, 24 de junho de 2012
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Outra vez saí para sentir o vento frio cortar meu rosto, a sensação de se sentir em pedaços me faz esquecer da minha vida.
Cruzando rua pós rua, passei pelo bar que costumávamos frequentar. Tão pequeno, íntimo, aconchegante e divertido.
Eu não voltei mais lá depois de nós termos sumido um do outro.
Decidi entrar...
Tudo tão impecável como outrora... Sossegado e convidativo.
Sempre me encantei com as luzes baixas e com os sons que vinham da mesa de bilhar.
Como estava sozinha, dessa vez sentei no balcão, pedi meu drink e senti cada gota arder por dentro.
Não acreditei, não consegui acreditar que atrás de mim havia sua voz.
Me virei lentamente agitando o gelo do meu copo.
Era você. Tão jeitoso e encantador como sempre.
Agradeci pelo whisky ter dominado a minha mente. Só assim eu consegui encarar.
Levantei-me sem dizer palavra alguma e andei para o bilhar.
Era tão costume jogar que eu senti que você me seguiria.
Jogamos. Nos enfrentamos.
No meio de cada tacada, confesso ter ouvido sua voz, mas não consegui distinguir palavra alguma...
Qualquer informação que meu cérebro me transmitia soava como ''bulshit, bulshit, bulshit".
Era a última bola. Eu concordei com algo que você disse. Concluí a tacada. Bebi o pouco whisky que me restava. Fitei-te ao fundo. E saí.
Atrás ficara apenas um eco, porquanto a porta fechava lentamente te deixando novamente só.
Eu celebrei.
A canção já havia sido plagiada, as notas já estavam desafinadas e as cordas arrebentadas.
Já não havia música alguma.
Ainda guardo o resto do whisky daquela noite.
Levo em minha carteira. Você vai lembrar...
Inóxio
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amorefolhassecas
on sexta-feira, 8 de junho de 2012
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Eu sabia que hoje ao acordar eu já teria esquecido.
É tanto para lembrar que não me perco mais pensando em você.
Confesso que tem dias que tudo que mais quero é deixar que meu
pensamento me consuma até não restar sequer um pó.
Mas eu ressurjo e volto para onde estou, tão certa de mim.
E há dias em que esforço-me para sentir algo que já não sei mais o que é, nem sei se ainda é possível sentir.
Ontem eu fui dormir pensando em coisas tão lindas, mas sem perceber peguei no sono e sabia, sim, que hoje elas teriam desaparecido.
Quando busco, em vão, lembrar das memórias que tive, só vejo um branco embaçado... Sem som... Fosco... Dá medo...
Tudo que queria era poder ter saído no meio da noite e desvendar cada mistério, descobrir cada sentimento e testar a todos, sem medo.
Mas hoje eu acordei tão sem sentimento que até a poesia não tem mais valor.
Como eu poderia afirmar que o amor é nossa maior arma divergindo como sendo nossa maior fraqueza sendo que nem isso eu posso sentir?
Nem esse frio, nem essa lareira, nem esse chocolate quente para completar.
Hoje eu acordei sabendo que esqueceria.
Mesmo assim dormi e sonhei.
Hoje acordei sabendo que tudo sumiria.
Mesmo assim desejei.
"Inofensivo, mas capaz de trazer a dor."
Come and go
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amorefolhassecas
on segunda-feira, 28 de maio de 2012
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Entristecida com o abandono, recorrendo a algo que lhe pudesse ter controle.
A mudança fez com que ela fosse obrigada a nadar por águas desconhecidas.
Tropeçando por não conhecer os buracos, ela seguia. Triste e só.
Por longo tempo se viu sozinha, porém, seu passado a acompanhava, porque a história não poderia ser apagada. Possuía consequências.
Erros impensados a levaram a perder o que ela presava.
Mas como controlar o impulso?
Ela sabia que estava errada, mas não conseguiu conter-se.
Não sei dizer o que foi pior...
Errar ou não ser perdoada.
Seu amor a deixou. Compreensivelmente.
Com sofrimento seguiram.
Altos, baixos.
Ambas encontraram outro alguém.
Viveram mais um tempo de momentos alegres e outros de tensão. Mas tudo bem. É assim mesmo.
Desnorteadas, perderam-se de quem as acompanhavam e se encontraram sós em um bar.
Investidas de um blues intrínseco e sintonia existente somente entre elas, falaram de si...
Falaram das outras...
Pararam de falar...
Beijaram-se.
E toda a dor do abandono voltou com um simples beijo banhado de desespero.
Era uma festa. Não pensaram no amanhã. Não pensaram. Só agiram. Só beijaram.
E amanhã?
Ah... Deixa para amanhã.
"Why don't you come and go with me?
Come with me until we end up tired...
Or live me alone."
Our sunset
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amorefolhassecas
on domingo, 6 de maio de 2012
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Não posso prometer ficar, tampouco prometer voltar.
Tomamos um rumo diferente do que sonhamos no passado.
É diferente agora que podemos por em prática tudo o que queríamos quando mais jovens, agora nós podemos fazer acontecer. Só não podemos nos permitir acontecer.
De cá, tão longe, me sinto só. E ao mesmo tempo que me conforta ver o que tens vivido me sufoca por não estar perto.
Lembra quando corríamos de olhos fechados sem medo de tropeçar e cair?
Lembra quando no frio nos abracávamos e desvendávamos o formato das nuvens?
Lembra que nos dias de calor sentávamos em meio as árvores e ao entardecer caminhávamos sem nos preocupar com o tempo?
Quando volto em mim, só lembro que minha única preocupação era ver se estavas bem ou se precisava de algo. Saía da escola correndo para te encontrar logo.
Quando não estávamos juntos, eu só queria estar perto.
Mas crescemos. E a despedida fez com que brigássemos muito.
Lembro do quanto sofri, mas não lembro de quão profunda foi a dor. Só lembro que senti.
E sem falar nos quilômetros que nos separavam, também distanciamos nossos corações.
Não procurei as fotos dos momentos que marcaram... Mas eu encontrei no baú ao acaso.
E como dói ver que a distância nos fez vilões de nossas próprias vidas.
De longe já não posso mais te proteger, só posso ver como estás se saindo agora que cuidas de ti mesmo.
Fico feliz em ver que estás feliz, e feliz em ver que já não precisas mais de mim, assim como eu não preciso de mais ti.
Mas o que realmente dói não são as lembranças e nem a falta, mas sim a vontade de precisar escrever uma história ao seu lado e sermos felizes como sempre fomos sem ter nada, tendo somente a nós.
Não vou voltar, o meu sonho é aqui.
Tão distante do seu.
Polaroid
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amorefolhassecas
on sexta-feira, 20 de abril de 2012
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De repente levantei do meu sofá em pleno inverno e saí pelas calçadas ladrilhadas e enquadradas perfeitamente. Mas fui sem rumo, pois não sabia aonde pretendia chegar. Eu só precisava sair.
Hora eu corri, hora caminhei, sentei e me rastejei, cada momento foi um só, predominado apenas pela minha angústia.
-Mais uma para minha coleção de mágoas-. Era tudo que eu pensava.
E eu não sei da onde e nem quando comecei a estocar tanta mágoa. Eu não possuía uma gaveta para arquivar coisas assim. Bordeando o lago pensei em quem tivera deixado essa gaveta ou me ensinado a etiquetar tanta coisa que não nos serve para nada. Em vão.
Meus pés iam congelando gradativamente, mas eu não queria voltar para casa. O frio na cabeça poderia fazer parar ou lentear meus pensamentos que borbulhavam com tanta intensidade.
Por dias sem notícias do amor do mês, parti em busca. Eu não precisava estar junto, só precisava saber. Era amor. Um amor que pulsava forte. Era amor.
Andei e, conforme ia sentindo o vento, pensava e sorria, pensava e entristecia.
Em uma mesa ao longe, avistei o meu homem, possuidor de um sorriso claro e estonteante acompanhado de um olhar tão sedutor que eu mal podia me conter.
Ele tinha a mesma feição de que eu me recordava, -handsome-.
Rodeado de amigos, eu sorri por ver a felicidade presente entre eles.
Me aproximei poupando os passos e, ninguém me viu. Essa era a intensão.
Cheguei mais perto e ouvi ele dizer palavras lindas e no fim dizendo que sentia falta dela.
Sorri apenas por um segundo, porque foi o tempo que eu demorei pra perceber que não se tratava de mim. E de quem mais poderia se tratar? Tudo que eu soube ouvindo tudo aquilo, é que sua inicial era "B".
Senti um toque, ele tinha me visto.
Eu virei e sorri disfarçadamente engolindo as lágrimas que queriam se desprender de mim.
O som da doce voz cravou uma dor em meu peito que eu não sabia descrever.
Ouvi então ele dizer que sentia saudade e que faria de tudo para estar perto quando pudesse.
Olhei ao redor e os olhares que me fitavam disfarçaram.
Mil imagens se passaram em minha cabeça e conclui que eu não iria mais lutar por nada que tivesse a ver conosco.
Éramos diferentes demais.
Eu não estava no meu lugar, eu fui somente para tentar. E errei.
Dosei-me do mais puro álcool e esqueci.
Abri meus olhos, levantei do sofá para fitar o espelho e vi que nem se quer tinha saído dali.
Não sei se foi melhor ou pior assim.
Memórias da República I
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amorefolhassecas
on domingo, 15 de abril de 2012
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Chega uma hora em que é necessário marchar em uma nova direção.
Desconhecido, é como se estivéssemos vendados. Sem escolha, nos jogamos.
Inerte fui. Hora relutante. Relutância era único tipo movimento.
Obstinando as situações, as vivia. Sem vida presente. Só respirando.
Meu quarto, tão pequeno, se tornara infinito em minha mente, andando sem direção em forma de fuga.
Por que?
Quando mudei-me para a nova vida, julguei ser diferente. Havia planos, havia cor.
Se tentar lembrar de alguma vez em que a tristeza tomou conta, será em vão.
Sorrisos sempre cercavam nosso viver.
Quando você se depara com alguém, você só descobre quem ele é com o tempo.
E o anjo chegou, descolado, bonito e risonho...
Com ele foram vários...
Toda a inércia que antes contia todos meus movimentos fora embora e se tornara alegria.
MOMENTÂNEO.
Aquele anjo possuía o dom da fala.
Mas não qualquer fala. Falar mal.
Ferindo mais que uma espada afiada, ia correndo por todos os cantos e esfaqueando tudo e todos que estavam ao redor.
Aqueles que, de per si, não conseguiam se defender.
E eu, que sempre tive tanta facilidade em esquecer o que era ruim, tenho dificuldade para sanar essa mágoa.
Tantos nomes, números e feições guardadas na memória, cada qual guardado com tanto cuidado, sem nada para estragar, me deparo com a escuridão de uma dor causada por um anjo maldoso com a única intenção de torturar a alma.
Não desejo mal, só desejo que estejas sentindo o dobro da dor de suas próprias garras no interior de todas as almas que perturbaste.
Já que agora vives só.
Até que ambas, por tanto se debater com a ardência, possamos eliminar a dor que implantaste em nós.
Eufonia
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amorefolhassecas
on domingo, 8 de abril de 2012
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Debruçou-se sobre mim a adrenalina
Nas montanhas, pelo vento a menina
Entrelaçada ao eco bom que me levava
Sonando em tons as lindas letras que cantava.
Calmaria e bem estar ia sentindo
Devagar por entre os poros suspirava
Andando só, ia tranquila e sorrindo
Subindo em paz, a doce voz me esperava.
Estou bem perto e ouço melhor a melodia
Estando distante de minha terra eu chorava
Aprendi a solar como o anjo noite e dia.
Lá no alto o vento bate em meus cabelos
Sem sentir falta do amor que me amava
Transformo meu canto e os enrolo em novelos.
Let it go. (?)
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amorefolhassecas
on sábado, 10 de março de 2012
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Quão forte você é a ponto de deixar algo que você quer simplesmente ir?
Há pontos, creio eu.
Pontos que contam diariamente em forma de pensamentos e atitudes que nos levam a ponderar significativamente se é ou não importante.
Uma hora é, outra não mais, uma vez foi ou ainda não será.
O ''querer'' é uma prisão que construímos, e a cada mais querer vamos reforçando as paredes para nos prendermos ainda mais.
Talvez fale de amor, talvez o queira como nunca...
Talvez esteja aqui, mas eu me prendi. E agora, deixo-o ir?
Se faz mal, se além da sua própria prisão criar de alguma forma outra mais forte ou tentativas de fazer você renunciar ao seu próprio eu, use dinamite.
Não vale a pena. Por mais bonito que possa parecer.
Deixe-o ir.
Não por desistir, não por ser fraco, mas por ser forte.
Não por não ser importante, mas por você ser mais importante para você mesmo.
Quão forte você é para resistir aquilo que te faz mal?
Não por gostar. Gostar não justifica sofrer.
Quão forte você consegue ser?
É difícil trilhar batalha consigo mesmo. Pior tipo guerra.
Nó
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amorefolhassecas
on segunda-feira, 5 de março de 2012
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Amarrado - mais uma vez - por cordas grossas.
Não sei por onde me deixei levar.
Não sei por quanto me vendo sem perceber.
Nem ao menos sei porque insisto em tentar.
Sinto, não, melhor, aposto que sempre será diferente
Ou talvez valerá a pena
Quem sabe dessa vez eu saia menos ferido.
Sem perceber, saio cortado.
São nós entrelaçados em mim
Atravessando cada parte sem ao menos ter compaixão
Nós que se formam invisivelmente entrelaçando e encurralando cada parte de mim
Partes que eu julgava ser o prazer de sentir bem.
Eu sorri, sonhei e desejei.
Palavra de um lado, palavra do outro
Puxando firmemente a corda de sentimento bom
Transformando-o em prisão.
Tão forte, tão intenso
Estou sendo cortado
E minhas cicatrizes que ainda são fortes e visíveis
Conseguem novas companheiras sãs e abertas.
Marcas fortes que não se privam de gritar por mim
Mostrando o sofrimento de ter dado errado - mais uma vez.-
Não vou mais me esforçar para não perder algo que nem sequer é meu.
E que ainda por cima insiste em mover-se para cada vez mais longe.
"Eu tentei de todo jeito, o mês inteiro, te mandei sinais.
Eu falei na tua língua, minha língua e outras línguas mais.
Eu sei. O mundo não é perfeito. (...)
My everything is broken, it's all done
This song is all I have to give.
This life is all we have to live."
Esquizofrenia
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amorefolhassecas
on domingo, 1 de janeiro de 2012
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É compreensível a solitude, mas por muito não é aceitável.
Provar o doce amargo do prazer de sentir-se bem consigo e só, rendemos a nós mesmos trilhas de histórias traçadas e vividas com personagens que nem se quer existem.
Não sabemos dizer quão efêmero é ou quão bom isso soa. Hora bom, hora ruim. Arriscar a tentar a si mesmo é a regra.
Em um simples salto de olhos fechados teletransportamo-nos à uma dimensão inabitável por qualquer outro ser no universo, onde só existe nós mesmos permitindo-nos simplesmente ser.
Enquanto queimamos lentamente e bruscamente como um cigarro sendo sugado, vamos voando dentro de nós mesmos e vivendo tudo que queremos. É nosso lugar, não há impossibilidades, há tudo que queremos que exista...
... Por um momento.
Tudo volta cedo ou tarde. Envolvidos por um bloco de grande nada vivemos nossa vida simples buscando o que só existe em nosso interior.
Criamos, voltamos, percorremos, voltamos, traçamos, voamos, corremos, voltamos.
Idas e vindas incontáveis.
Sonhos misturados com a realidade que não sabemos mais quem é o que ou quem é quem.
Fixamo-nos em um lugar, muitas vezes indesejado, mas somos obrigados a viver.
Por isso a solitude é tão confortável. Nos proporciona o gosto que realmente temos.
E quando passa nossa própria loucura, continuamos andando atrás do que queremos.
"Tudo pode estar lá... E eu aqui."