
Estrada. Rachadura. Caindo.
Não estou chegando ao fim, buraco sem fundo.
Mergulho. Não é sólido, mas pelo menos é líquido.
Procuro a margem, nado para lá.
Não existe nada, e o nada que existe é terrível.
Borbulhas. Mais rachaduras - como pode haver mais abismo?-
Infinito à minha frente, não sei para onde ir.
Andar, andar e andar. Acho que ainda assim não conseguiria em nenhum lugar chegar.
E eu que pensava saber o que era a solidão. HÁ! Ninguém sabe. Porém agora eu estou vivendo.
Paro. Penso. Não devo parar. Continuo?
Afirmo: Perder-me-ia se louca fosse de tentar cruzar esses labirintos.
Já devo estar perdida. Aonde estou? Não me atrevo a dizer.
Calor. Suor. Calor. Fogo.
Estou suando frio, acho que é medo.
Medo do desconhecido? Medo de saber que isso eu bem conheço.
Essa voz há de me assombrar. Essa voz há de me enlouquecer.
Poderei eu explicar? Poderei eu transmitir tudo que sei?
Poderá essa voz se calar?
Sugar-me-há até que não haja mais suspiro em mim.
Aonde eu estou?
Outros definiriam como inferno.
Eu defino como Panthy.
[Isso é real, isso não é real. Isso é brincadeira, isso é verdade. Isso é para a Panthy, parte é o que eu sinto.] Não é fácil conviver com o capeta!
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