E o nada passa a ser tudo


Você soube como eu era. E foi assim, só de olhar.
Frequência simultânea.
Você reparou o que eu era. Isso enquanto eu andava fitando o horizonte.
O vento, meu amigo de passagem, jogou meus cabelos contra minha face. Propositalmente. Ele fez com que eu me voltasse à você.
Imediatamente percebi que o mundo que eu habitava já não era mais vazio. Havia um semelhante.
E na mesma linha da classificação dos sonhos estávamos nós.
Poesia marcante.
Música presente.
Acordes semelhantes.
Involuntariamente cantávamos a mesma canção, na mesma sintonia.
Vozes opostas, mas isso é o que faz a música ser completa.
E quando a unica nota que eu possuia era incapaz de fazer canção alguma, a sua entrou para completar a música, que antes minha, passou a ser nossa.

Tão simples achei que a vida poderia ser sendo sozinha, que não me importei em saber como ela poderia ser se pintada fosse.
Agora decorada de apenas nós, vejo que tudo é tudo, e nada também é sempre tudo se estivermos juntos.
E "... não há fronteiras, o amor rompe barreiras."

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