Um pouco de paz


Eu poderia não escrever.
Mas também poderia escrever pela última vez.
Também estou ''largada'' por essas infinitas situações que não se cansam de prosseguir.
Porém não posso me deixar prender na areia, sendo que não há firmamento algum.
Pensei em ficar, mas não pensei no futuro. Eis que então ele chegou.
Chegou mais que depressa, antes do previsto e me pegou desprevenida.
Minha sorte foi trilhar um abstrato que imediatamente tornou-se concreto quando sumiste.
Finalmente meu sonho se tornou realidade e pude então, sem culpa, reciclar as lembranças... Tanto más quanto boas.
Na verdade eu não quero lembrança alguma. Quero começar de novo, do zero, do nada.
Trilhar agora um lugar só meu que me leve aonde meus planos seguem.
Demorou a perceber a razão daqueles gritos que eu tanto ouvia e que me empurravam enquanto eu estava estacionada. EU NÃO VOU DEIXAR.
Na verdade são: Eu não vou ME deixar.
Antes de tudo, eu mesma.
Mas parece que esquecemos de nós mesmos quando aparece alguém.
O coração é tão burro, mas é tão inteligente que consegue fazer a razão sumir diante de tudo.
ATÉ QUANDO?
Não existe nada certo. Você arrisca ou não arrisca.
O que você prefere?

Hoje eu decidi que prefiro nada.
Só vou seguir e prosseguir realizando o que tenho feito.
E é isso.
Novo. Tudo.
Eu só queria, mas eu não sei mais...


0 comentários: