Ofélia


Por acaso sabia eu o quanto deveria percorrer para te reencontrar?

Os passos agora mudaram a direção.

Um oceano brotou donde está plantado meu coração.

As canções já não são as mesmas. 

O café mudou de gosto.

A bebida já não me é tão atrativa

O por do sol mudou de cor.

Vivo longe do mar

Deixei de ser tão recluso

Como podes ver… Muito mudou…

Mas a poesia continua a mesma.


E digo tudo isso, porque nesta noite sonhei contigo

Se me pedires para descrever, serei incapaz.

Há sonhos que por mais claros que vivam na memória

Não são capazes de traduzir o real sentimento.


Mas posso dizer que o anseio de ter-te nos braços é gigantesco

No sonho, era tudo que eu queria… 

Mas ao mesmo tempo, tudo impedia. 

Para onde eu fugia, havia alguém para me impedir.

Mas como poderia eu querer dos teus braços fugir?


Acordei com essa saudade

Essa que já até cansei de sentir

Com a distância da qual estamos acostumados

Inconformado.

Por que é que tem que ser assim?

Será que mais uma vez te perderei para os braços de outro alguém?


Se lerdes dessa carta, lembra-te. 

Lembra-te que minhas poesias são para ti

Por ti.

Lembra-te que tu habitas nos meus pensamentos e sonhos

Que anseio a noite para que possa descansar e ver-te junto a mim 

Recorda minhas amáveis palavras, porque teu nome é doce e teu abraço é bom.

Lembra-te que amo-te e que oceano nenhum é capaz de afogar um amor tão grande.


Não saberei jamais se podes ouvir-me…

Mas, se lerdes dessa carta… Lembra-te. 

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