"Beautiful thing"



I hope that you printed this "beautiful thing", like you said, that came from my pain.

I hope you remember all the words that you said to me, all the things that you did.

I hope you see how bad you were.

You really shouldn't... But you did.


I hope you printed because you will be not able to see this again

If it's up to me... 


Actually I hope you didn't.

I hope you can keep this only in your memory...

That you try to remember, but you cant. 


And you will come to me to find this "beautiful thing", like you said.

And I won't respond. 

Because this poetry was more than enough to bring out the feelings that was killing me inside. 


It's really sad how much you loved this "beautiful thing", like you said.

Because all this words came bleeding from my heart. 

Somewhere above the sea

 



Somewhere above the sea I think about you

I don't know how miles far we are from each other

I look at the sunset

I see the sky gets darker

I stare at the fist star shining like anything matters.


Far like this, there is nothing that we can do

We only have space for our thoughts

Our imagination.


Crossing over the Atlantic

There is no word

There is no smile

There's nothing but the silence. 


I don't know what we'll be when I land

I don't even know what we're right now.

Will I hear about you?

Will I receive news from you?

Your pictures? 

Your texts?


Far... Like this... We're strangers.

Near... We've an abysm between us. 

Você

 



Se eu fosse falar de solidão

Falaria teu nome...

Diria quão profundo és

Quão intenso és

Quão terrível és.


Se eu fosse falar de angústia

Descrevia tua ausência

Teu silêncio

Tua fuga.

Tua partida.


Se eu fosse falar de dor

Contaria nossas memórias

Nossas noites juntos

Nossos desencontros

Nossas promessas vãs.


Se eu fosse falar de ti

Diria que és quem és

Perfeito na imperfeição

Duro na solidão

Inefável na angústia

E dolorido nas memórias. 


"Se é o agora eu quero o ontem."

Quando fui embora


 

Quando fui embora

Vivi como sabia viver

Criei vários de mim 

Fragmentei-me nos meus mais diversos eus

Disse o que podia

Sofri o que não queria

Tudo em prol da minha própria poesia.


Quando fui embora

Ainda não sabia quem era

Vivi como sabia viver

Dando para cada um 

O eu que lhes apetecia

Mas nunca nada eu merecia.


Quando fui embora 

Perdi-me

Não sabia quem era

Vivi como sabia viver

Criando em cada cena 

Uma nova parte minha

Que até eu mesmo desconhecia.


Quando fui embora

Chorei por não ser quem eu era

Um grande preso num corpo pequeno

Sofrendo a esmo 

Com tanto talento, preso em mim mesmo.


Quando fui embora

Decidi ir para mais longe

Olhei para o paiol 

Desejei o mundo a fora

Olhei para o penhasco

O que me impulsionou a sair do frasco…


Alguns anos depois 

Olho-me no espelho

Pergunto-me: quem sois?

E escuto este conselho…

Ora vive, faz o teu… 

A aurora renasceu

Tu vives de novo, nobre centelho

Não precisa dar nome aos bois.

Ofélia


Por acaso sabia eu o quanto deveria percorrer para te reencontrar?

Os passos agora mudaram a direção.

Um oceano brotou donde está plantado meu coração.

As canções já não são as mesmas. 

O café mudou de gosto.

A bebida já não me é tão atrativa

O por do sol mudou de cor.

Vivo longe do mar

Deixei de ser tão recluso

Como podes ver… Muito mudou…

Mas a poesia continua a mesma.


E digo tudo isso, porque nesta noite sonhei contigo

Se me pedires para descrever, serei incapaz.

Há sonhos que por mais claros que vivam na memória

Não são capazes de traduzir o real sentimento.


Mas posso dizer que o anseio de ter-te nos braços é gigantesco

No sonho, era tudo que eu queria… 

Mas ao mesmo tempo, tudo impedia. 

Para onde eu fugia, havia alguém para me impedir.

Mas como poderia eu querer dos teus braços fugir?


Acordei com essa saudade

Essa que já até cansei de sentir

Com a distância da qual estamos acostumados

Inconformado.

Por que é que tem que ser assim?

Será que mais uma vez te perderei para os braços de outro alguém?


Se lerdes dessa carta, lembra-te. 

Lembra-te que minhas poesias são para ti

Por ti.

Lembra-te que tu habitas nos meus pensamentos e sonhos

Que anseio a noite para que possa descansar e ver-te junto a mim 

Recorda minhas amáveis palavras, porque teu nome é doce e teu abraço é bom.

Lembra-te que amo-te e que oceano nenhum é capaz de afogar um amor tão grande.


Não saberei jamais se podes ouvir-me…

Mas, se lerdes dessa carta… Lembra-te.