Reciprocidade. Aonde?


Imersa mais uma vez em devaneio me pego pensando sobre tudo que é recíproco.
Concluo irrevogavelmente que não existe reciprocidade.
Procurar por isso é ir intensamente atrás de um pote de ouro no fim do arco-íris, ou seja, simplesmente não há.
Um sempre amará mais que o outro, um sempre doará mais que o outro.
Não nego minha profunda tristeza por essa conclusão. Claro, em tudo há excessão.
Mas não é de minha excessão que falo hoje. Falo em forma geral por tudo que tenho visto e vivido.

Decidi então viver por mim, por base naquilo que sei e em minha própria linha de juízo.
Ora, já estive em profunda agonia, mas sempre soube o que fazer.
Uma dúvida que outra necessitando de opinião. Mas sempre fiz aquilo que aprendi ao longo de minha vida.
Decidi também que afastar-me-ia de todos aqueles que me sugavam e deixavam-me fraca por tanta insistência ao erro enquanto eu insistia no certo.
Afinal, quem sou eu? Ninguém. O que é minha opinião? Nada.
Minha opinião vale somente à mim.
Então percebi o extremo egoísmo que me cercava.

Se há quem fale comigo, é porque se precisa. Talvez àquela opinião, àquela ajuda.
E se dirigem-se a mim, por hora, devo ser pouco importante, que seja.

Não importa quanto laço eu leve, não importa quantas vezes eu chorar por falta de reciprocidade...
Eu jamais abandonarei, porque a índole sempre domina qualquer pensamento.

Concluo então que minha outra conclusão é meramente vã e sem propósito.
Afinal, se temos o dom do Espírito que é o amor, tudo passa e tudo suportaremos.
Vai doer sempre. Vai machucar e novamente vou querer fugir.
Mas não. O amor é sempre maior... O amor deve ser sempre maior.


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