
Estou vivendo tão ebriamente que já esqueci de mim.
Não. Não esqueci de mim.
Contraditóriamente sim.
Mas o que é razão depois de poesia pós poesia dominando dias sem se preocupar em sair do papel e assombrar a vida que fez o cinza tornar-se cor?
Não posso fugir se já estou embriagada do teu ser. Tonta e imersa na profundidade do meu eu com você.
E no fundo do corredor onde já passou tanta agonia e infelicidade eu estou...
Não somente estou como espero. E não somente espero como estou aberta.
E também não somente aberta, mas também querendo que estejas, assim como eu, desesperado para saciar a sede do invisível que transparece em nossa alma, o amor.
Sabendo que é loucura jogar-se em um oceano incerto, o perdão seria impedido de predominar caso não haja entrega.
E daí se é loucura?
Se definirmos amor como loucura, todas as mentes sãs implorariam para tornar-se insanas.
Conseguir respirar em meio ao amor quer dizer que o amor é certo.
É certo até você perder o chão devido a tanto tremer.
É esquecer que estamos no inverno por tanto sentir correntes de calor perpassar contínuas vezes em nosso interior.
E cair na tontura por timbre e voz que são a chave que nos libertam para o mundo que é tanto almejado e difícil de encontrar.
Sim, esse é meu lugar.
E tudo torna-se ebriamente ébrio.
Tornar o amor real é abster-se da abstinência que se chama você.
E poder gritar com toda força que SIM... Vale a pena arriscar.
Sumir de mim, unir-me a ti.
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