A busca é plenamente individual.
A missão é amplamente coletiva.
As vezes o ego me diz que não vale a pena compartilhar o tesouro encontrado porque foi um esforço completamente solitário.
As vezes sinto que só encontrei porque tenho a missão de compartilhar.
Ao mesmo tempo, o grau de preciosidade do meu tesouro não é compreendido pelas outras pessoas, porque seus tesouros ilusórios parecem ter mais valor.
Crio então um paradoxo mental.
A luta interna entre a verdade e o ego.
E este processo me atrasa, porque fico presa a picuinhas egoístas que são propositalmente pedras no caminho.
Obviamente elas tem um propósito.
Obviamente elas não querem que eu me encontre com a verdadeira luz.
E eu, ainda tão pequena, muitas vezes tenho meu caminho vedado por elas.
Quando a minha voz ruge, pode ser até mesmo desdenhada.
Ora, já fiz isso tantas vezes e por essas tantas vezes ignorada.
Senti que se ali ninguém me ouviu, é porque não é ali que devo estar.
Mudei o sentido das minhas velas e tomei outra direção...
Mas já percebeu como esse mar é imenso?
Para todos os lados... Oceano, oceano e oceano.
Infinitos pingos d'água.
E eu... Seguindo no meu barquinho solitário...
Não é que eu seja triste com isso.
Mas as vezes fico.
E em geral, é quando tenho um conhecimento totalmente superior na palma de minha mão, totalmente gratuito e voluntário para estender para alguém, mas esse alguém não entende a língua que eu falo.
Meu coração se parte.
E então, voltamos ao início.
Manter pra mim o tesouro.
Viver no mundo que resgatei.
O verdadeiro.
Sozinha.
Mas eu encontrei este tesouro porque é coletivo...
Entende?
Paradoxo.
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