Remember me


A luz vermelha do sol da tarde invadiu o meu quarto, penetrou na minha pele e consigo trouxe uma dura nostalgia.
É triste a sensação de reviver um sentimento mesmo sabendo que ele jamais voltará.
As vezes as lembranças doem. Não só as ruins. As boas também.
É ruim lembrar de algo que fez você se arrepender, e mesmo já tendo sido perdoado, você mesmo não consegue se perdoar. Ou você lembra do quão difícil é o perdão.
As vezes a dor é tão grande que não importa o tempo que passou, ela permanece ali te cutucando, te fazendo lembrar...
As vezes é um lugar em que você quer estar de novo. Um chafariz gelado em uma praça com um museu logo atrás. Um ar gelado no alto da roda gigante. Um bar quentinho para nos abrigarmos do frio. Ou até mesmo uma volta de metrô por cima da terra, sem saber aonde quer ir... Só vamos... Só observamos.

É ruim lembrar que tudo está lá enquanto estamos aqui.
Ahhh, hoje eu não queria estar aqui. 
Queria um vento nos cabelos, uma música alta, companhia, amor... 
Queria parar em algum lugar, comer qualquer coisa, rir do katchup, não sei... 
Hoje eu queria me aquecer no chauffage do segundo andar do Gur, e até mesmo assistir futebol.
Eu queria sair no entardecer do sábado ao crepúsculo, começando a ficar frio. 
Eu queria outra paisagem... 

Muitas vezes me senti vazia. 
Precisei voar para longe só para ver que sim, vazia sou. 
E que não é o lugar que me faz ser melhor ou pior, é somente a minha vontade de SER.
Ser quem eu quiser, sem me importar.
É... Não importa o lugar. 
Importa somente a minha alma. 
Não importa ninguém mais além de mim.

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