Efêmero



Confusão.
Essa era a única palavra capaz de ser desvendada através dos meus olhos.
Oportuna com a noite confusa, tempo estranho, céu estranho. Poucas estrelas.
As luzes da cidade refletiam o silêncio.
Um lugar tão grande ser tão pequeno... Como pode?

Em meio a confusão surge uma muralha envolvente capaz de abraçar todo e qualquer pranto.
Até mesmo a confusão do pranto foi deixada de lado.
Finalmente compreende-se.
Não há início se não houver um fim.


- Parece que você vai dizer algo, mas você nunca diz...
- Sei lá... Talvez é porque a gente sabe que nós não vamos durar pra sempre.

Vida



Assusta.
Encanta.
Surpreende.
Vive.
Intenso.
Cai.
Quebra.
Acaba.

E você passa... Sorri... Chora...
Mas não há nada que se possa fazer.

Acaba.

3 a.m.


Eu fiquei um longo tempo em silêncio.
Em meio aos calafrios, prendia-se em mim o seu jeito.
Eu não sabia o que pensar, mas os pensamentos inundavam minha cabeceira.
Estava ficando perigoso procurar o que eu estava sentindo.
Nunca gostei de ser pega de surpresa, ainda mais por um sentimento que não depende apenas de uma pessoa.
Estava amarrada, mas o frio que beirava por meu corpo me desprendia lentamente.
Eu evitei pensar, mas eu nunca fui boa em controlar nada.
Meus olhos fecharam-se e finalmente eu pude ver.
Arrepiando-me, descobri...
Estou amando você!