Die Lüge


E agora nu diante do precipício, o que vais dizer?
Se por tantas vezes mentiste e iludiste. 
Seduziste doces olhos inocentes e despreparados.
Misterioso ébrio fingidor
Mestre na arte da esquiva
Enganador interessante e envolvente.

E se agora despido entre as nuvens pública for a tua alma?
Já não há água ou óleo que possa limpar as manchas que criaste.

Fechando os olhos já te busco e não encontro.
Escondeste-se por memórias irreais das quais já não consigo alcançar. 
E é a ti, estraçalhado alter ego, a quem dirijo minha dor.

Apesar da farsa intrínseca, o doce veneno penetrava como morfina nos campos da dor da alma.
Abstraiu-se de mim por ecos medrosos e apavorantes, mas eu ainda posso te encontrar.
Te encontro, mas não estás lá, pois jaz apenas seu corpo sem vida.
A vida que eu tirei. 


Teu texto, teu sorriso de mentira
pode enganar a todos, não a mim. (...)
Quem vais usurpar agora que ninguém te quer?

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