Falha


Nunca há culpa. Sempre há culpa.
Cozinha um. Frita outro.
Inventa, finge. Se dobra para provar verdade.
O que é verdade em meio tantas palavras?
Saberá se vãs foram...?

Que marcas seriam invisíveis pós momentos intensos de cortes profundos?

Se ainda estou presa nesses lençóis procurando ebriedade onde nunca existiu...
Permaneço extasiada por uma droga inexistente onde não há cura.

Não vou falar de ilusão por você ser a própria.
Não vou sangrar pela falta de um pedaço meu que se foi. -Vou tentar.-

"Se a gente entendesse o que é o cíclo do amor...
Começa com a cura, mas termina com a dor."
6h34 - Visconde

É agora


Jamais entenderás o que representa o meu gostar.
Deixar de tudo que cercava em um lugar e pousar em outro.
Momentaneamente desconhecido e rapidamente descoberto.
Descobrir que a reciprocidade pode ser sim algo existente e querer urgentemente desbravá-la.
Queria abrir os olhos para enxergar a realidade.
Mas creio que minha essência aprendeu a viver somente com a platonice e agarrou-se nisso.
Ainda não aprendi a usar as palavras quando o assunto é você.
Porém, vivendo entrelaçado com o prazer dessas idas e vindas, hora pós hora me vejo destrançando uma longa história de um futuro que há de vir.


Deixe-me embriagar-me com toda dose de presença que possas me dar.

Vou deixar


Eu serei forte.
Mas é com os olhos emaranhados que me despeço.
É por tanto querer que digo adeus.
Não deveria existir impossibilidade. Mas sempre há.
Não entendo como existe pessoas que se encontram se tudo que presenciei foram desencontros.
Enxotados, cansados, reprimidos, desgastados. Desencontros.
Ou encontros avessos numa pista contrária.
Ou encontros paralelos onde linhas não se cruzam.
Ou formigas e aleluias indo na mesma direção, porém uma com pernas, outra com asas.
Tanto faz.
É deixando meu coração que continuo meu caminho.
Não deixando contigo. Deixando-o só.
Quem sabe assim ele aprenda a conter-se e contentar-se em viver apenas consigo mesmo.