
Ah, quanto amor eu vivi. Vivi sozinho, na esperança de que um dia você pudesse aqui estar.
Quanta dor senti, preso entre paredes imaginárias, mas impossíveis de transpassar.
Quantos sorrisos na espera de uma resposta que jamais viria e que eu tanto insistia em esperar.
Papo vai, papo vem. Horas de diálogo e sorrisos. Mas o assunto jamais foi "nós".
Por muito tempo eu me conformei em ter apenas o seu sorriso por perto sem pertencer a mim.
Achei que seria forte o suficiente para apenas desejar-te a felicidade.
Ora! O amor não é posse, mas sim querer bem, querer felicidade. Isso bastou para mim.
Momentaneamente.
Tempo rude! Afastou-me de ti. Como avalanches constantes e incessantes. Neve caindo por cima da neve. Congelando mais. Distanciando mais.
Eu vivi. Eu sorri. Eu chorei. Mas não me esqueci.
O espelho revelou-me a dor da falta. Gritei: onde está?
Eco. Apenas eco. Eco de minha desesperada voz.
No fundo de dois olhos claros se encontrava correntes inquebráveis de um /quase/ amor.
Sempre acreditei na distância e na proximidade. Porém ambas são donas de um sofrimento absurdamente sufocante. Ambas trazem consigo a dor. Dor do amor, da perda, da felicidade, da depressão, da paixão, do desespero...
Não se segura o tempo, ele passa. Dor passa, dor não passa.
Minha dor passou, sentimento marcou.
Se sinto tonturas. Se me perco em próprios pensamentos e se quando estou sorrindo essa simples graça desaparecer, é porque lembrei-me de ti.
Sim, ainda penso. Tempo passou, vida marcou.
Traços de história mal vivida. Trapos de história mal cumprida.
Essas cicatrizes são marcas que o coração jamais conseguirá apagar. São cicatrizes. Elas perdurarão para sempre com a função de lembrar.
Seguirei a estrada, viverei.
Viverei. Amarei. Sorrirei. Mas jamais esquecerei.
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