I can't leave you. But I'll do.


~ Eu não posso desperdiçar o tempo que eu tenho para pensar em mim, pensando em você.
Eu não posso dividir o tempo que eu tenho para viver, vivendo com você.
Eu não posso deixar que as minhas lágrimas caiam por você.
Eu não posso esquecer de mim e lembrar de você.
Eu não posso e não quero.
Mas é você. E isso já é motivo suficiente pra eu me contradizer e voltar atrás. ~

Remember me


Você costumava aparecer nas minhas madrugadas

E não era para saber como eu estava

E sim para apagar meu alento.

Meus momentos eram vividos durante a noite

Por eu ser diferente talvez.

Por eu apreciar o luar e as estrelas

Eu sempre vivi durante a noite.

Eu sorria em te encontrar na hora em que ninguém mais apareceria

Mas você surgia para acabar comigo.

Sempre chorei pouco

Mas muitas dessas poucas vezes, chorei por você.

E não só chorei como pedi pra você ficar... Você partia.

Outro dia. Outra madrugada.

Condicionado a viver sem você.

Você aparecia. Acabava comigo de novo.

Não era uma simples palavra

Horas de diálogo. Horas inúteis.

Sempre continuávamos no mesmo lugar.

Fixos. Estacionados. Parados.

[ e é onde permanecemos]

Percebeu como o tempo passou?

Percebeu o que mudou entre nós?

Eu parei de viver na noite

Parei para não mais te encontrar.

Mas agora é noite

E as lembranças voltam a assombrar.

Lembranças que hão de perdurar.

Gelo e Rocha



E eu que já estou imune a toda essa dor que insiste em me açoitar.

Já não sinto mais nada.

Posso sentir minha indiferença sulgando as lágrimas que deveriam cair do meu rosto e a dor que deveria estar me consumindo.

Eu queria poder implorar para ter tato, mas já não posso sentir.

O frescor do ar entra em minhas veias e só posso sentir o gelo predominando as minhas partes que ainda pulsam.

Gelo e Rocha. Uma vez gelo, inverno sem fim. Uma vez rocha, dureza infinita.

Tentei ser, consegui.

Tentei fugir, escapei.

Tentei congelar, petrifiquei.

Tentei esquecer, esqueci.

Mas graças a isso me prendi num mundo inexistente, inventado, vida criada, sofrida.

Te culpo por me fazer congelar e já não ser mais vulnerável a tristeza.

A única dor que eu sinto é a dor de não sentir, de ser um nada, de estar vivendo. Vivendo simplesmente sem emoção.

Desisto


Desisto de tantas voltas incompletas
de tantos dias passados
de tantos erros cometidos
de tantos gritos na madrugada
de choros incessantes
de dores horríveis no peito
de dias sem fome
olhos cossando, lágrimas escorrendo
frios estranhos na barriga
tremer a toa
sentir frio em meio ao calor
andar ao por do sol sentindo falta do que nunca existiu
olhar no meio de tanta gente e se sentir vazio
estar entre todos que ama e ainda assim não estar completo
sonhar .
Isso. Desisto de sonhar.
Porque é o sonho que faz tudo doer tanto.
Desisto da imaginação
porque a imaginação é o pior veneno que eu posso lançar em mim mesmo
eu me machuco, eu me drogo, eu me perco
me perco quando te encontro em minha imaginação
Chão? Cadê? Não existe chão se eu estou em sua órbita
não existe mais nada, só você.
Desisto da distância
da proximidade
da dor
do amor
da vida.
Desisto de mim
Desisto de ti.

Voltas, tantas voltas...
Pra que tanto? Ainda assim não se sai do lugar...
Pra que tanto?
Pra que tudo?
Pra que nada?

Desisto

Desalento

Vida amargurada, vida sem utopia
Sonhos dilacerados, vida sem companhia
Os drinks já não satisfazem
As músicas não dão alegria
Mesas de bar, tacos de cigarro
São marcas agora visíveis; cenas comuns.
Noites frias, estradas vazias
Passos pesados cortando o silêncio
Becos escuros, ecos ao fundo
Tudo que grita é a minha dor
Neblinas do luar me cercam
Somente embaçam meu caminho
Triste caminho, triste a ser seguido
É triste andar sozinho.
Poesias me confortam, nelas eu me acho
Sempre procuro escrever aquilo que não faço
Longas conversas, falsos diálogos
Monólogo
Não existe ninguém, somente me existe
Inanidade faz parte dos meus dias
Com isso perco minha força
Força que se esquiva e que some
Noites tediantes e não se dorme
Dias, noites, insignificância
Desalento.

Soneto da decepção

Que pergunta me fizeste
Pergunta-me sobre o que sinto
Mentir-te-ia se não disesse
Que me perdi nesse labirinto

Perco-me em minhas palavras
Não sei se fujo ou se fico
Detesto impostas charadas
Sem jeito, me ponho esquisito

Infortúnio é a minha resposta
Te machuco e não quero, evito
Vou deixar-te confusa e sem pena, reflito

Não sinto amor e não sinto dor
Assim sendo, te deixo inquieta
Só não guardo nada em meu peito, por possuir alma poeta.

A cor do amor

A cor do amor pra mim é vermelho escuro
Vermelho de sangue, vermelho de chama
Chama teu nome, chama pela tua ausência
Ausência que perturba, perturba meu silêncio
Silêncio angustiado, angústia oculta
Oculta porque te escondes, e eu fico a tua procura
Procura vã, procura dura
Dura, pois não te encontro, encontro tão esperado
Esperado porque te amo, te amo porque te quero
Te quero e não te vejo
Te procuro e não encontro
Ando e não me canso
Choro e não aguento
Lágrimas sofridas, lágrimas desesperadas
Lágrimas vermelhas, lágrimas de sangue
O amor pra mim é vermelho
Vermelho de desespero.

Vanilla Twilight


As estrelas se inclinam pra te beijar,
E eu fico acordado e sinto sua falta,
Sirva-me uma forte dose de atmosfera.
Porque eu vou pegar no sono seguro e são,
Mas vou sentir falta dos seus braços a minha volta
Eu vou mandar um cartão postal pra você, querida
Porque eu queria que você estivesse aqui.

Eu vou assistir à noite ficar azul claro,
Mas nao é o mesmo sem você,
Porque precisa-se de dois para sussurrar baixinho,
O silencio não é tão ruim,
Até eu olhar para as minhas mãos e me sentir triste,
Porque os espaços entre os dedos
São bem onde os seus se encaixam perfeitamente.

Vou encontrar repouso em novas maneiras,
Embora eu não durma há dois dias,
Poque uma nostalgia fria me arrepia até os ossos.
Mas encharcado em crepúsculo de baunilha,
Vou sentar na varanda a noite toda,
Mergulhado fundo em pensamento, porque quando eu penso em você.
Eu não me sinto tão sozinho.
Eu não me sinto tão sozinho.
Eu não me sinto tão sozinho.
Quantas vezes quer que eu pisque, vou pensar em você...
Essa noite.
Vou pensar em você essa noite.

Quando olhos violeta brilharem mais,
E pesadas asas ficarem mais leves,
Vou provar o céu e me sentir vivo de novo.
E vou me esquecer do mundo que eu conheci,
Mas juro que não vou te esquecer,
Se minha voz pudesse alcançar o passado,
Eu sussurraria no seu ouvido:
Eu queria que você estivesse aqui.

Owl City

Mundo Vazio


Eu queria saber porquê eu necessito mergulhar no irreal para poder viver.
Eu sempre soube que entrando no meu mundo de ilusões eu sairia machucada.
Afinal, tudo é ilusão.
Mas antes mesmo de eu tentar sair já me feri de mil formas, das mais dolorosas.
A verdade é que quando você cria algo você se prende, aquilo é seu, aquilo é meu, é meu universo particular. Aquilo é o que eu vivo, e mesmo erradamente, aquilo é meu sorriso.
O que você faz quando adequire um vício?
Você precisa largar, mas você ama, você necessita e você não consegue se imaginar sem.
Quando você finalmente decide deixar, você foi forte, mas então decide voltar, sofre denovo.
Então você decide não fazer de novo, então você volta, sofre mais.
E assim é repetidas vezes...
O que eu devia fazer é abandonar todas as ilusões que me assolam e seguir em frente, começar de novo, sem rabiscos, mas no branco, no certo.
A primeira decisão é a mais importante e também a mais difícil...
VOU DEIXAR.
Mas infelizmente não é assim... Se tens um vício sabe do que estou falando...
Eles são difíceis de deixar.
Meu vício pode me matar, não de corpo, mas de alma...
E pode alguém viver sem alma? Sem coração?
Se meu coração dilacerar, ele nunca mais voltará a ser como antes, pois um coração partido várias vezes não se tem mais concerto. Não se pode voltar ao zero.
Eu sei que vai doer, mas será que vai doer mais que agora?
Minha ilusão é meu vicio.
O mundo que eu criei é meu vício...
Eu criei um portal encantado para o meu mundo perfeito e no momento que eu entrei eu exclui o portar para eu não poder mais voltar.
E por mais que eu tente, esse portal já não existe mais, ele sumiu.
Não consigo achar o caminho de volta, mas ao mesmo tempo que procuro, não consigo me imaginar vivendo em outro mundo que não seja este que eu criei.
Porém, enquanto vivo nas minhas fantasias ideais, minha vida real passa insignificante, e tudo que eu faço é no automático.
É isso que eu não posso deixar acontecer... Eu preciso viver minha vida, eu preciso arranjar sorrisos reais, abraços reais, amigos reais e o amor real...
O amor existe no meu mundo e ele é mais forte e mais verdadeiro do que este mundo, porém eu não posso vivê-lo com intensidade, porque o amor verdadeiro não é feito de mentiras.
O que eu posso dizer afinal?
Que todos os seres que contribuíram para a minha existência no meu mundo vazio tem um valor especial pra mim e todos são importantes, tudo é.
Mas eu não posso mais viver baseado no que eu penso, vejo, escuto e sinto. Preciso voltar de todas as maneiras.
Preciso aterrizar novamente no meu planeta de origem, Planeta Terra, e aceitar que minha vida não é aquilo que eu sonho, é aquilo que fui destinado.
Meu universo paralelo está se esvaindo, e espero que ele não tente voltar para mim de novo.
Porque esse deixar e voltar já está consumindo meu peito e meus sentimentos, fazendo com que eu odeie tudo ao meu redor e só consiga desejar o impossível.