Despertar

 


Há uns três anos uma força externa sem o meu controle empurrou meu carro de uma montanha e meu carro se desgovernou. 
Eu saí da inércia.
Jorrou-se uma aventura no meu interior. 
Algo que eu nunca soube e nem saberei explicar.
Conheci o desconhecido.
Duvidei e comprovei.
Experimentei.

Um mundo novo se abriu diante de mim.
A trivialidade perdeu o sentido.
A busca era o caminho.
Fazer do sentido da vida se exaltar, porque pra frente já vai.

Porém, a busca pela verdade não é um caminho de rosas e borboletas azuis.
É, na maioria das vezes, escuro e solitário.
A busca pelo conhecimento é uma busca árdua.
E para seguir demanda-se muita coragem.

Foi aí que pestanejei. 
Fiquei com medo.
Deixei que o medo me parasse. 
Deixei de seguir.
Mas sempre ia até a beira da caverna tentar espionar o que havia lá dentro.
A escuridão sempre me impediu de ver.

Busquei então uma maneira mais concreta de acessar o conhecimento.
Algo que não assustasse.
No entanto, caí num mar de ceticismo. 
Cansei.

Hoje algo se moveu dentro de mim.
Algo tão forte que me tirou da inércia novamente.
Dessa vez não foi uma força externa que empurrou meu corpo.
Mas sim uma força interna.
Um motor forte que clama para que eu me impulsione.
Dessa vez eu não vou negar essa voz.

Comprometo-me então comigo.
Pela busca do conhecimento.
Pela busca pela luz.
Pela paz que há no fim do túnel.
Comprometo-me a ter disciplina e foco para não pestanejar novamente.

No fim. 
Isso é o que todos temos que fazer. 
Feliz é aquele que desperta.