Suddenly



Suddenly you became all my poetry
All my thoughts
All my dreams.
Suddenly you appeared in my life
And became a little bit of all.

Suddenly you organized all that I was thinking
You changed all the kind of feelings that was not good for me.
You made me better.

You made me to drop out all my anxiety
You made me forget everything that was useless.

And now that you are gone
I can feel my stomach burn again
I look for topics inside my mind
And there is nothing to find.
I can feel my heart aches.
Not a simple ache.
It aches a lot.

How could I say no?
How could I give up?
I do not know.
But I would do it again.

I am lost again.
I am blind again.

Camila


De Camilas, basta-me uma
Aquela que não deu certo.
Aquela que encharcou meus dias
De tantas lágrimas que provocou.

De Camilas, lembro-me de uma
Aquela que não me faz esquecer
Que habita e vive nas minhas memórias.

De Camilas, resta-me uma
Aquela que fez morada
Que decorou meu coração
E depois levou tudo com um vento forte.

De Camilas... Nenhuma mais.
Pois bastou uma para marcar a minha vida.
E de todas as Camilas existentes
Só interessa-me uma...
Aquela que me deixou.

Adieu II



É bom saber que voltaste.
Mas morro em saber que não é pra mim.
E em algum lugar a poucas teclas de distância
Tuas palavras estão a ser para outro alguém.

Eu não completo minhas poesias
Elas vem como elas me vem
Assim como tu
Vens, mas não me completa.

Queria procurar-me em tua poesia
Assim como fazes com a minha
Onde tudo que escrevo te descreve.

Mas para mim, não há linha.
Nem nunca houve.
Há apenas uma ou duas palavras
Que não me dizem nada.

Não pergunto onde tu estás
Porque sei muito bem por onde andas.
E sei que nesse lugar
Eu jamais estarei novamente.

Essência



Somos todos cascas.
Uma casca que não diz quem verdadeiramente somos.
É só uma casca
Que não quer dizer nada.
Uma casca que costumizamos,
Que adornamos
Para parecermos alguém que não somos.

Não nos mostramos.
Por que não nos mostramos?
Por que é tão difícil mostrar a alma?
E por que é tão difícil vermos as almas?

A verdade é que
De quando em quando
Temos a felicidade
De encontrar almas
Dispostas a se abrirem
A se mostrarem
A compartilhar parte do seu verdadeiro ser.

A felicidade de conhecer essências
Não se compara com qualquer outra falsa felicidade
Desse mundo sensível.
Porque não é possível que o ser seja visto com os olhos físicos.
Mas apenas com os olhos da alma
Que vibram ao encontrar uma outra.

Intrépido


Intrépido.
Assim, subitamente entrego-me ao alento do teu sorriso.
Abruptamente levanto-me das correntes que me assolam.
Totalmente intrépido.
Simplesmente pronto.

O vento grita lá fora
E mais do que isso
Grita dentro de mim.
Ao mesmo tempo em que sussurro em teus ouvidos
As canções que ontem não me faziam sentido.

Meu pranto,
Antes melodia do meu balanço
Torna-se poesia
Por ti e para ti.
Meu coração saltita
Quase não cabe em mim.

Meu sussurro
Teu sussuro
Ecos inóxios
De uma alma para outra.

Fecho os olhos e me vejo em ti
Sinto teu olhar
A fitar cada vez mais fundo
Mostrando-me que para ti
Eu posso ser o mundo.

Descodificando



Eu tento descodificar o nó de imagens presas em minha mente pra ver se de alguma forma consigo organizar os sentimentos ou entender o que eles significam.
Mas tudo que eu penso vem contra mim.
Tudo que eu posso criar, torna-se o oposto.

Olhei para o círculo e lembrei do momento em que eu o toquei pela primeira vez.
Um círculo que diz muitas coisas... Hoje já preenchido de forma linear.
Linhas que traspassam. Linhas sublocadas. Linhas atravessadas.

Eu tento colocar em imagens as palavras que dizes.
As palavras tornam-se imagens, que tornam-se pensamentos, que tornam-se desejos.
Anseio, de certa forma. Tudo torna-se esperança.

O esperar causa uma necessidade.
Causa um desejo que vira uma pilha de pensamentos...
Que tornam-se nocivos.
Que tiram o sono.
Que tiram a fome.
Que fazem da alma um alvo de tortura.
Uma tortura que pode ser silenciada com o som da sua voz.