Nós sempre sabemos.
E sabemos porque sentimos.
Se sentimos é porque de alguma forma o universo nos manda sinais.
Eu nunca fui de acreditar em forças do universo, mas não há outra explicação. De que outra forma saberíamos o que estamos sentindo?
Depois de todo esse tempo e de todas as circunstâncias, de repente me vejo no escuro. E o que antes parecia tão claro agora parece uma mentira obscura e traiçoeira.
Eu senti sem saber se era real. Guardei memórias de achismo dentro de uma gaveta que achei que jamais precisasse abrir de novo. Mas uma ponta se sobressaiu e arrancou muita coisa do fundo.
Me culpei. Disse ser trouxa. Mas não sou eu a errada. Em todos os momentos vivi com o maior amor que pude sentir.
Não há culpa em amar. Não há culpa em não ser amada. Não há culpa de não haver reciprocidade.
Acontece que agora eu não sei quantas mais meias verdades existem, muito menos se há outras mentiras. E de quem é a culpa?
Não é minha culpa se a casa caiu. Meus pilares são fortes.
A culpa é de quem faz suas estruturas com falhas, sem serem verdadeiramente sólidas.
Eu construí muita coisa em cima de uma estrutura que não era minha e agora tudo pode ceder.
Não posso afirmar que isso conseguirá segurar nossa edificação.
Tudo que posso dizer é que nosso edifício está fechando por falta de sustentação.
Nossa obra está condenada!
"O amor é incondicional até conhecer o que o outro esconde no porão da sua alma que é pra ninguém ver."