De fato sabes que escrevo a ti somente por formalidade, não me entretê ter sua face em mente enquanto apenas gasto dessa tinta.
É bem verdade que tenho estado sozinha, não nego os boatos que circulam pelo chateau, mas muito mais verdade é que me sinto bem comigo e só, com essa vista dos deuses e com o reflexo desse azul infinito esbaldando-se por entre meu quarto.
Minhas manhãs tem sido banhadas de sol e o perfume das flores penetram minhas narinas a cada passo que eu dou.
A baixa atmosfera as vezes me deixa tonta, e quando eu me canso, subo nas colinas para poder me encontrar com o vento.
Quando as nuvens se desfazem e pesam sinto cada toque em meu corpo sem com que eu precise me esconder.
Livre por esses montes me sinto feliz por estar longe dessa hierarquia do sentir. Estas disputas me exaustam. Femme e male me cansam.
Que proza insignificante! Nada nunca te provarei. Sei que és irrigado por um ego desigual e minhas palavras soam tolas e murchas quando te encontram.
Sei que pensas que eu tenho estado enebriada. De fato estou, mas tudo que eu sinto por ti é pena.
Irei agora promover meu contento, e quando lerdes esta carta já estarei ainda mais longe enquanto tu desfaz-se em lágrimas.